Em um cenário em que o câncer de intestino vem acometendo cada vez mais jovens, a colonoscopia se mantém como um dos principais exames para prevenir e diagnosticar precocemente a doença. Indicada a partir dos 45 anos para pessoas sem sintomas – ou antes, quando há histórico familiar –, a técnica permite visualizar todo o intestino grosso e a parte final do intestino delgado, identificando e removendo pólipos antes que evoluam para câncer.
Pólipos intestinais, importante lembrar, são crescimentos anormais de tecido que se projetam a partir da parede interna do intestino. Na maior parte dos casos, estas lesões são benignas – mas algumas são do tipo que têm potencial para se transformar em câncer colorretal ao longo do tempo.
Além do diagnóstico, a colonoscopia pode fazer parte do tratamento, justamente por possibilitar a retirada dessas lesões no momento do exame. Segundo a American Cancer Society, o procedimento é realizado com um colonoscópio – tubo longo e flexível, com uma pequena câmera na ponta – introduzido pelo ânus até o reto e o cólon. É feito sob sedação, sem dor, e dura cerca de 30 minutos, podendo levar mais tempo se houver a remoção de pólipos.
Quando a colonoscopia é indicada
Além da prevenção, o exame pode ser solicitado diante de sintomas como alterações no hábito intestinal, presença de sangue nas fezes ou dor abdominal persistente.
Preparação para o exame
O preparo envolve o uso de laxantes para limpar completamente o intestino, jejum a partir de um horário específico na véspera e, em alguns casos, suspensão temporária de certos medicamentos. Por isso, é fundamental receber as orientações médicas com antecedência, garantindo tempo para comprar os laxantes e esclarecer dúvidas.
Seguir corretamente todas as etapas é determinante para o sucesso da colonoscopia. Um intestino limpo permite melhor visualização, aumentando as chances de detectar alterações precocemente e, assim, prevenir o câncer.
Leia mais: Por que o câncer colorretal tem afetado os mais jovens?